O selo do Imposto Telegráfico
Selo especial de $05 criado em 1921 para pagamento de uma sobretaxa nos telegramas particulares e noticiosos, expedidos nos domingos e dias feriados, que terá entrado em circulação em 13 de Novembro desse ano e até 11 de Março de 1928, altura em que foi retirado da circulação.
Oliveira Marques afirma que a tiragem foi de 1.000.000, tipografados em folhas de 100, denteados em 12x11 ½ e que o selo foi impresso em papel cartolina e papel fino.
Oliveira Marques afirma que a tiragem foi de 1.000.000, tipografados em folhas de 100, denteados em 12x11 ½ e que o selo foi impresso em papel cartolina e papel fino.
O catálogo Eládio de Santos, em 1944, chamava a esses dois papéis fino e espesso e só mais tarde passou a chamar cartolina ao espesso. O catálogo Simões Ferreira desde sempre classificou estes dois papéis como fino e cartolina. O atual catálogo Afinsa segue o mesmo caminho.
Os selos retirados de circulação em 1928, em folhas completas, foram, em 1929, sobretaxados com 1$60 e num total de 318.000, passando a servir como selos de correio normal e estando incluídos na emissão de 1928/29 das sobretaxas/sobrecargas.
O selo sobretaxado
Aprecio os selos Ceres e procuro aprofundar o meu conhecimento sobre os mesmos, pelo que lhe dedico muito do meu tempo livre. No manuseamento destes selos, no dia-a-dia, fica-se mais ou menos sensível ao contacto com estes selos, através do tato e devida observação.
Foi assim que me chamou a atenção a espessura dos selos sobretaxados do imposto nos telegramas, pelo que decidi medi-los.Em 353 selos que medi, até hoje, entre normais e sobretaxados, os mais espessos não ultrapassaram os 0,120 mm e os mais finos tinham espessuras superiores a 0,066 mm. De notar que abaixo dos 0,100 mm, apenas encontrei 27 selos, vinte e um normais e seis sobretaxados.
Foi assim que me chamou a atenção a espessura dos selos sobretaxados do imposto nos telegramas, pelo que decidi medi-los.Em 353 selos que medi, até hoje, entre normais e sobretaxados, os mais espessos não ultrapassaram os 0,120 mm e os mais finos tinham espessuras superiores a 0,066 mm. De notar que abaixo dos 0,100 mm, apenas encontrei 27 selos, vinte e um normais e seis sobretaxados.
Papel muito espesso
Papel espesso
Perante isto surgiam-me as dúvidas:
Aquelas espessuras não se enquadravam na tabela de Vinck para papel fino ou cartolina.
Aquelas espessuras não se enquadravam na tabela de Vinck para papel fino ou cartolina.
Se o selo fosse um selo Ceres, utilizaríamos a tabela do Eng. Miranda da Mota e assim o mais espesso já poderia ser cartolina, mas os menos espessos eram papel médio a espesso.
Há quem afirme que a estes selos poderemos aplicar a tabela dos selos Ceres, mas eu discordo, por considerar que o selo não pode ser classificado como um selo ceres, e aliás, a sua origem não é de um selo de correio normal, e por isso, entendo que aquela tabela não se lhes aplica.
É de salientar que a classificação das espessuras destes selos de Imposto é antiga, provavelmente de um tempo em que ainda não se usavam os micrómetros e se distinguiam as espessuras apenas pela “apalpação”, pelo tato. E assim sendo, neste caso, não há a mínima dúvida de que existem duas espessuras bem diferentes a que resolveram chamar fino e cartolina.
No entanto, tenha-se em atenção que Castro Brandão, no seu livro de Variedades dos Selos de Tipo “Ceres” e “Lusíadas” do Continente, edição do Mercado Filatélico – 1942, descreve este selo sobretaxado como existindo em papel espesso e fino.
É aceitável pensar-se que a avaliação da espessura deste papel é antiga e que, na altura, não havia forma de medir as espessuras nem tabela para as classificar.
Só que agora existe.
Os colecionadores de selos, provavelmente, nunca se aperceberam desta questão, pelo que dúvidas sobre a espessura deste selo, nunca ninguém levantou.
Há quem afirme que a estes selos poderemos aplicar a tabela dos selos Ceres, mas eu discordo, por considerar que o selo não pode ser classificado como um selo ceres, e aliás, a sua origem não é de um selo de correio normal, e por isso, entendo que aquela tabela não se lhes aplica.
É de salientar que a classificação das espessuras destes selos de Imposto é antiga, provavelmente de um tempo em que ainda não se usavam os micrómetros e se distinguiam as espessuras apenas pela “apalpação”, pelo tato. E assim sendo, neste caso, não há a mínima dúvida de que existem duas espessuras bem diferentes a que resolveram chamar fino e cartolina.
No entanto, tenha-se em atenção que Castro Brandão, no seu livro de Variedades dos Selos de Tipo “Ceres” e “Lusíadas” do Continente, edição do Mercado Filatélico – 1942, descreve este selo sobretaxado como existindo em papel espesso e fino.
É aceitável pensar-se que a avaliação da espessura deste papel é antiga e que, na altura, não havia forma de medir as espessuras nem tabela para as classificar.
Só que agora existe.
Os colecionadores de selos, provavelmente, nunca se aperceberam desta questão, pelo que dúvidas sobre a espessura deste selo, nunca ninguém levantou.
Depois confiam nas comparações que possam fazer na “apalpação” dos selos e verificam que existem diferenças e assim aceitam a diferenciação. Os comerciantes do ramo não procuram verificar convenientemente estas situações, muitos até ignoram as medidas das espessuras dos selos, e fazem o dia-a-dia confiantes na “apalpação”.
Acredito que esta dúvida surgirá, mais cedo ou mais tarde, com outros, e tratando-se de um selo não ceres, surgirá a dúvida com a tabela de Vinck.
Na minha opinião, e até prova em contrário, selos desta emissão, em papel cartolina e fino, não existem, pelo que a sua classificação, em relação à espessura do papel, deve ser reformulada.
Acredito que esta dúvida surgirá, mais cedo ou mais tarde, com outros, e tratando-se de um selo não ceres, surgirá a dúvida com a tabela de Vinck.
Na minha opinião, e até prova em contrário, selos desta emissão, em papel cartolina e fino, não existem, pelo que a sua classificação, em relação à espessura do papel, deve ser reformulada.
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