domingo, 9 de dezembro de 2012

As variedades de Cliché



Em linguagem tipográfica, o cliché, diz respeito a uma matriz, geralmente feita em metal, associada a um cunho, sendo que uma das formas do obter é através de processo eletroquímico da galvanoplastia, e significa repetição.

Nos selos Ceres, um cliché correspondia a um selo a imprimir e eram tantos quanto os necessários, de uma taxa, para se imprimir uma folha. Estes eram montados numa moldura, para os manter unidos e devidamente posicionados, relativamente a cada um, dando origem á forma de clichés, que seria adaptada á máquina impressora. 
Assim, um defeito existente no cliché, provocado por fenda ou deterioração, era transmitido, no processo de impressão, ao selo. 

Outros tipos de defeitos repetitivos podiam resultar de vários fatores estranhos ao estado de perfeição dos clichés, como pode ser o caso do alojamento de qualquer pequeno corpo estranho que ali ficou solidamente preso, o qual, poderia tapar parcialmente uma letra ou transmitir qualquer outro defeito ao selo, na sua impressão.


Nos selos Ceres, as variedades de cliché verificam-se nos diversos selos que compõem as várias séries, pelo que esses selos sobretaxados/sobrecargados apresentam, como é evidente, essas variedades.

Sobre este tema e para uma melhor elucidação, aconselho a consulta da obra, de 1992 – Portugal – Ceres – Variedades de Cliché – da autoria dos Engs. Miranda da Mota e Armando Vieira, a qual, como é óbvio, devido ao tempo a que já foi publicada, se encontra algo desatualizada no que diz respeito ao aparecimento de outras variedades de clichés, bem como ao aparecimento destas variedades em outros tipos de papéis em que foram impressos os selos Ceres.

Eis algumas variedades mais significativas, em selos sobretaxados/sobrecargados, da minha coleção:


 3-0

 3Q

 C RREIO

3C

COPREIO

CORPEIO

CORREYO

CQRREIO

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